Sintaxe À Vontade

"... A partir de sempre toda cura pertence a nós e toda resposta e dúvida, Todo sujeito e livre para conjulgar o verbo que quiser, todo verbo e livre para ser direto ou indireto, nenhum predicado será prejudicado nem tampouco a vírgula nem a crase nem a frase e ponto final ! Afinal a má gramática da vida, nos poe entre pausas entre virgulas, e estar entre virgulas pode ser aposto e eu aposto o oposto que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples..."

O Teatro Magico

terça-feira, 5 de março de 2013

Donnie Darko 




Até alguns anos atrás, Drew Barrymore era conhecida como a menina de E.T. - o Extra-Terrestre. Tudo mudou quando ela criou a produtora Flower Films e conseguiu os direitos para adaptar a série de TV As Panteras (Charlies Angels) para o cinema. O filme foi um enorme sucesso, já até ganhou uma continuação, e o resto é história. Mas vale lembrar que a empresa de Drew vai muito além das três beldades que trabalham para um tal Charlie. A produtora tem em seu catálogo o cult Donnie Darko.

O filme era um projeto pessoal de Richard Kelly, um diretor estreante, que andava para cima e para baixo com um roteiro de ficção científica embaixo do braço, até Barrymore se interessar e resolver bancá-lo. Seu personagem principal era um menino esquizofrênico que conversava com Frank, seu amigo imaginário que, na verdade, era um coelho gigante de 1,80 m.

A grosso modo, estas são as histórias de Donnie Darko, o projeto e o personagem principal. Olhando mais de perto, porém, o que se vê é um filme dramático, mas também engraçado, que ao mesmo tempo fala de viagem no tempo e de Deus. Ouvidos a postos, a trilha sonora inclui clássicos dos anos 80, como Echo & the bunnymen (The Killing Moon), Tears for fears (Head over heels), Duran Duran (Notorious), Joy Division (Love will tear us apart), The Church (Under the milk way), além do sensacional cover de Mad World, do Tears for fears, por Gary Jules.



Sorte no jogo e no amor

Com um orçamento de filme independente (US$ 4 milhões), Richard reuniu um ótimo elenco, com destaque para o protagonista Jake Gyllenhaal. Com apenas 22 anos, ele já provou que tem muito talento e sorte - tanto profissional, quanto amorosa: ele é namorado na vida real de Kirsten Dunst (a Mary Jane de Homem-Aranha) e já beijou a mulher do Brad Pitt, Jennifer Aniston, no filme Por um sentido na vida.

Vale destacar também os personagens secundários - extremamente importantes para a história: a professora de Literatura (Barrymore), o professor de Física (Noah Wyle) e guru de auto-ajuda interpretado por Patrick Swayze.

Donnie Darko é um filme para se assistir mais de uma vez e, de preferência, com vários amigos(as). Isso porque ele é complexo a ponto de incitar longas discussões e possui ótimos diálogos, que renderão gargalhadas coletivas. É como se aqueles filmes de terror sem motivação alguma que você assistia na adolescência ganhassem pitadas de De Volta para o Futuro, roubassem umas referências dos livros de Stephen King e tivessem a sagacidade das discussões de Seinfeld.

A história se desenrola em uma atmosfera sombria do fim dos anos 80, em uma pequena cidade claramente dividida entre liberais e conservadores. Nesse turbilhão se encontra Donnie Darko (Jake Gyllenhaal), um garoto considerado problemático com alguns traços de esquizofrenia (assim caracterizado pela psiquiatra que ele frequenta, Ms. Thurman). Em uma noite, um coelho monstro gigante acorda Donnie, salvando sua vida, pois, repentinamente, um motor de avião despenca do céu caindo exatamente na cama de Donnie. O coelho monstro gigante ainda profetiza que o mundo irá se acabar dentro de pouco tempo, este mundo, Donnie entenderá ser o mundo pessoal dele. Donnie se mostra dividido entre a realidade e suas alucinações, junto a isso, muitos questionamentos sobre o sentido da vida e, principalmente, da morte.
O filme aborda temas da física teórica como a possibilidade de viagem ao tempo usando obras como de Stephen Hawking - Uma Breve História do Tempo e Roberta Sparrow - Filosofia da Viagem do Tempo para expor tais ideias.
O filme trabalha a capacidade da pessoa trabalhar o que é o mundo de verdade, o lugar em que ele se encontra, ou o pessoal da própria vida.


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